domingo, 6 de setembro de 2009

Os últimos dias americanos


Como tudo que é muito bom na vida, uma hora isso vira recordação, uma memória de algo inesquecível que você vai carregar no coração pra sempre. Assim vai ser com a experiência mágica que vivi nos Estados Unidos, os cinco meses em que aprendi muito, conheci muito, compartilhei demais e, principalmente, onde abri a minha mente e comecei a viver a vida de forma mais leve. Ter morado em Waterbury, no estado de Connecticut, junto com minha grande amiga Milena e sua bela filha, meu anjinho chamado Melissa, foi essencial para a minha vida!


E por que eu digo tudo isso? Porque eu realmente vivi esse momento que passei lá. Muitas coisas aconteceram, eu aprendi um pouco mais em cada um dos dias em que estive lá. E aprendi a viver a vida mais leve, parei de me preocupar em ter que ser uma pessoa perfeita, uma pessoa que precisa agradar para ser querida, comecei a fazer coisas que sempre tive vontade, tive curiosidade, mas nunca tive coragem. E essa coragem era bloqueada pela preocupação que eu tinha com o que as pessoas iriam pensar de mim. Hoje isso não acontece mais, sinto que estou sendo mais verdadeiro comigo, mais sincero ao arriscar, ter coragem de fazer essas coisas que antes eu não tinha, faz a vida ser mais fácil.


Claro que toda essa transformação não ocorreu em apenas cinco meses. Acredito que seja algo que veio sendo preparado desde que me dispus a sair de casa, morar fora e descobrir o mundo e me descobrir. Por isso, a primeira parte da minha viagem tem importância fundamental. Dublin e tudo o que passei por lá foi um divisor de águas na minha vida. Todas as dificuldades, todos os bons momentos, foram os primeiros passos para chegar nos Estados Unidos e começar a descobrir o novo Luiz, o Lu ou o Beto, dependendo da época e do lugar que você me conheceu.


Essa é a maior bagagem que trago de volta desse um ano e um mês viajando, essa nova maneira de olhar para a vida, de encarar tudo o que passamos, de olhar para as pessoas, de olhar para tudo o que acontece ao meu redor. O meu maior desafio agora é manter essa nova pessoa dentro de mim, falando mais alto e guiando os meus passos.


Mas a viagem não terminou na América, eu voltei para a Europa, voltei para Dublin, onde tudo isso começou e de lá eu trouxe muitas novas experiências, mas, como é em outro continente, melhor continuar em outro post...

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